sábado, 4 de dezembro de 2010

O D. Mandarim Peito Negro

A sua característica mais evidente, um aumento tamanho e de cor negra da barra do peito. Esta barra é esticada para cima e invade o zebrado debaixo do bico.
Nas aves de exposição o peito deve ser completamente negro ou pelo menos abaixo do queixo.
A marca das bochechas no macho é ampliada e estende-se até o topo da cabeça e pescoço.
As asas do macho e da fêmea, tem os bordos castanhos com contorno branco, creme na fêmea, o que produz um design exclusivo desta mutação.
Nos flancos, as marcações laterais não são arredondadas mas sim ovais ou alongadas tipo pingo. Nas fêmeas, os flancos são mais pálidos que as fêmeas que não são peito negro.
O desenho da cauda, macho e fêmea, nesta mutação não existe, sendo que as penas passam de xadrez quadriculado para alongado. As penas ganham uma cor branca cremosa
Linha do bico e olhos, macho e fêmea, é afectada pelo factor peito negro em que a lágrima desaparece, o bigode é acentuado.

A mutação Peito Negro é recessiva. Do cruzamento de Peito Negro com outra mutação (não importa o sexo) na primeira geração nascida, nenhuma ave é peito negro apesar de todos serem portadores, reconhecendo-se marcas na ave que revelam esse gene: marcação junto ao olho, marcação dos flancos arredondada, asas com penas ligeiramente marcadas, barra do peito alongada, zebrado estende-se aos flancos e o rabo tem um zebrado descontínuo.

EXPOSIÇÃO
A maioria das aves que portam este factor apresentando uma ou mais destas características não servem para exposição.
Apesar da sua cor atractiva, não se vêem muitas destas aves em exposições. O grau de dificuldade em conseguir um bom exemplo é realmente muito alto, pois o macho deve expressar os seguintes efeitos:
- A cor preta do peito que se estende o mais alto possível para a parte inferior do bico, uma área de zebrado é aceite mas não uma mancha branca.
- As marcas no rosto têm que ser simétricas, regulares e lineares, os desenhos das asas simétricos.
- Desenho dos flancos simétricos, regularmente distribuídos com desenho oval claramente visível e regular.  Não servem desenhos muito turvos, brancos e desordenados.
- O desenho do rabo deve ser alongado.
- Não deve ter lágrima e ter a linha do bico, bigode, bem delineada.
Além de ter a cor certa está sujeita ao tipo, tamanho, condição, etc.

O Diamante Mandarim de Peito Negro, por causa de sua beleza é uma ave de exposição difícil.


Danny Roels
Traducción de Ángel Luis Rodríguez Barbero de un texto italiano de Manuele Piccinini

Os critérios de selecção do Bengalim do Japão Preto-Castanho

Espécie criada por criadores chineses e japoneses resultado do cruzamento de diferentes espécies de Lonchura, que influenciaram a sua cor, em que o cruzamento com Lonchura Striata e Lonchura Punctulata ainda hoje contribui para o melhoramento da taxa de oxidação da cor, utilizados os híbridos férteis.
No preto-castanho observa-se uma oxidação da plumagem, pernas e maxilar superior não impedindo os padrões da espécie, mas realçando a cor.

DESENHO
- Máscara, barra do peito, pescoço e bochechas de cor uniforme, o crânio, pescoço, bochechas, garganta e barras do peito delimitadas por uma linha de transição uniformemente curvada, sem cortes.
A barra do peito extensa, sobre o peito e estendendo-se sobre os flancos bem definidos e contrastados pelo desenho escamado da barriga.
- Dorso e asas marcados com estrias finas de cor clara, a cauda delimitada por uma linha desde a região anal, o desenho do ventre regular e contrasta com a cor de fundo.
- Na barriga é elaborado, a partir da linha do peito para a região anal por um escamado o mais escuro possível, contrastando com a cor de fundo branca.


COR
Maxila superior: preto; Mandíbula: pérola negra; O bico deve estar em harmonia com a cor da testa; Mascara, Barra do peito, pescoço e bochechas, castanho-escuro; Barriga: o padrão em "V" de castanho-escuro, contrasta com a cor de fundo branco a mais nítida possível; Cauda: castanho-escuro; Cobertura da asa e do dorso: castanho-escuro com estrias claras; Olhos: Preto; Pernas: cinzento-escuro, quase preto; Unhas pretas.

Selecção de casais
Depois escolhidos os indivíduos com as características ideais de cor e desenho, não deixando de lado os requisitos de tamanho mínimo, 12,5 cm. A presença de uma estrutura harmónica e arredondada, uma posição vigorosa e também ter em conta a plumagem característica do casal, pois há aves com plumagem de escamas longas ou nevadas e outras de plumagem curta e intensa em que melhor expressa a cor, chegando a eliminar o desenho estriado do dorso pela cor intensa.
Geralmente, aves de cor intensas ou escama curta tendem a ter menos porte, logo um aspecto menos vistoso. Em contrapartida, as aves com plumagem longa e nevada desfrutam de uma vista mais harmoniosa, mas perdem por não expressarem bem a cor, devido ao comprimento da escama, tornando-se a cor menos nítida devido à cor de fundo.
Por isso, importa considerar estes aspectos na selecção de reprodutores, pois se generalizar o cruzamento entre as aves de plumagem curta e pouco porte, estas ficam ainda menores, com estruturas ósseas alongadas sem curvase coma falta de expressão devido à saturação de cor.
Da mesma forma, o acasalamento constante entre exemplares de plumagem larga levará a uma perda de contraste de cor, originando aves mais arredondadas, de posição inadequada devido ao volume.
Por conseguinte, é necessário fazer o acasalamento de forma a que acasalando exemplares de escama curta com escama larga, ambos de bom porte, forma, cor e desenho, a fim de manter o desenho e a cor dentro dos parâmetros desejados, sem afectar a forma e o tamanho das crias, os de escama curta para exposição e os de escama larga que servirão para reprodução, atendendo as características de perda de design e tamanho.


Bibliografia
Estándar de la Isabela del Japón del Colegio de Jueces Focde. www.focde.com

Defeitos morfológicos do Diamante Mandarim

Nós todos temos mais ou menos uma ideia do D. Mandarim ideal, onde podemos melhorar o desenho e a cor, realizando os cruzamentos compensatórios adequados, tendo um cuidado especial para não perder o que temos conseguido.
Apesar dos nossos esforços, de vez em quando aparecem factores negativos na forma dos nossos exemplares. Na maioria dos casos, esses defeitos morfológicos são devido a uma soma de genes recessivos que permanecem ocultos nas aves, e que, produzem efeitos negativos como defeitos físicos, se não se eliminar a reprodução desses indivíduos.
Alguns defeitos físicos mais comuns são a queda da cauda ou cadente, (Figura n º1), geralmente motivado por um defeito na musculatura caudal, que não está solidamente ligada aos ossos pélvicos ou a falta de músculo ou anatomia patológica da pelve. Quanto mais longa for a cauda é maior a probabilidade desta falha, que normalmente é transmitida de uma parte dominante, pois na mesma ninhada aparecem aves afectadas por este problema e outras não, podendo no entanto ser portadoras deste defeito em maior ou menor grau.
Não deve ser confundido com estado de fraqueza temporária ou cansaço, devendo uma observação ser contínua para garantir que é um defeito.
Outro defeito muito comum é o papo descaído, (Figura n º 2). A origem deste problema poderia ser a dilatação do intestino da ave, que não é devido a causas patológicas, se não a falta de tônus muscular nos músculos peitorais, que decorrem da estrutura do peito, que tende a ser estreita e impede que os músculos realizar a expansão.
Em outras ocasiões, devido a uma tendência a acumular gordura nessa área, desaparecendo momentaneamente esse perfil após dieta e perder peso. Este defeito parece ter uma transmissão parcial, especialmente os machos se o pai que tinha o mesmo problema.
Outro defeito menos comum é o corte no pescoço (Figura n º 3), o que faz a cabeça ficar fora da linha do dorso, que vê a sua linha interrompida nessa região. Ocorre em aves de ambos os sexos, mesmo que os pais não apresentem esse problema, surgindo de um gene recessivo, podendo estar ligado a aves de tamanho pequeno, com pouco músculo e uma cabeça pequena, em exemplares de baixa qualidade.
Figura No. 4, uma ave com asas caídas e destacadas do corpo, de forma sobrecarregada, de cabeça erguida e plana. Felizmente, este defeito ou conjunto de defeitos, não é frequente, não devendo ser usados para reprodução. Outros defeitos podem ser confundidos com doenças virais, paralisias ou trauma.
Na figura n º 5, observa-se um descolamento da pálpebra inferior do olho, expondo a mucosa, que aparece limpa sem sintomas de infecção ou organismos estranhos e é devido a um relaxamento excessivo do muscular orbital ou pele excessiva sob os olhos, talvez porque a estrutura óssea do crânio é muito grande e não é acompanhado pelo desenvolvimento posterior da pele. Os exemplares que apresentam esse problema não parecem sentir o desconforto, embora em situações de stress essa situação agrava-se, deixando a ave impedida para concurso, sendo desqualificada. Gene dominante incompleto pois de aves afectadas por este defeito, podem nascer aves com este problema mais ou menos acentuado.
Na Figura n º6, o padrão de retorno da asa, devido a uma perda de funcionalidade dos tendões da ponta da asa, faz com que esse ponto permaneça flectido em direcção ao corpo, sobre o dorso, enquanto o ala está em repouso e produzir um efeito de penas torcidas, porque as penas primárias são quase perpendicular ao eixo da asa. As aves afectadas voam normalmente, mas tem algum desconforto quando dobram a asa pois essas penas impedem-nas de colocar a asa direita chocando com as penas secundárias, levantando-as.
 Esse problema ocorre em aves que não sofrem desse defeito, pois as causas podem ser muitas, desde ferimentos involuntários, mesmo no ninho, deformidades ósseas congénitas, deficiências de vitaminas durante o crescimento e desenvolvimento, ou quedas na saída do ninho.


Por Ángel Luis Rodríguez Barber