sábado, 4 de dezembro de 2010

Defeitos morfológicos do Diamante Mandarim

Nós todos temos mais ou menos uma ideia do D. Mandarim ideal, onde podemos melhorar o desenho e a cor, realizando os cruzamentos compensatórios adequados, tendo um cuidado especial para não perder o que temos conseguido.
Apesar dos nossos esforços, de vez em quando aparecem factores negativos na forma dos nossos exemplares. Na maioria dos casos, esses defeitos morfológicos são devido a uma soma de genes recessivos que permanecem ocultos nas aves, e que, produzem efeitos negativos como defeitos físicos, se não se eliminar a reprodução desses indivíduos.
Alguns defeitos físicos mais comuns são a queda da cauda ou cadente, (Figura n º1), geralmente motivado por um defeito na musculatura caudal, que não está solidamente ligada aos ossos pélvicos ou a falta de músculo ou anatomia patológica da pelve. Quanto mais longa for a cauda é maior a probabilidade desta falha, que normalmente é transmitida de uma parte dominante, pois na mesma ninhada aparecem aves afectadas por este problema e outras não, podendo no entanto ser portadoras deste defeito em maior ou menor grau.
Não deve ser confundido com estado de fraqueza temporária ou cansaço, devendo uma observação ser contínua para garantir que é um defeito.
Outro defeito muito comum é o papo descaído, (Figura n º 2). A origem deste problema poderia ser a dilatação do intestino da ave, que não é devido a causas patológicas, se não a falta de tônus muscular nos músculos peitorais, que decorrem da estrutura do peito, que tende a ser estreita e impede que os músculos realizar a expansão.
Em outras ocasiões, devido a uma tendência a acumular gordura nessa área, desaparecendo momentaneamente esse perfil após dieta e perder peso. Este defeito parece ter uma transmissão parcial, especialmente os machos se o pai que tinha o mesmo problema.
Outro defeito menos comum é o corte no pescoço (Figura n º 3), o que faz a cabeça ficar fora da linha do dorso, que vê a sua linha interrompida nessa região. Ocorre em aves de ambos os sexos, mesmo que os pais não apresentem esse problema, surgindo de um gene recessivo, podendo estar ligado a aves de tamanho pequeno, com pouco músculo e uma cabeça pequena, em exemplares de baixa qualidade.
Figura No. 4, uma ave com asas caídas e destacadas do corpo, de forma sobrecarregada, de cabeça erguida e plana. Felizmente, este defeito ou conjunto de defeitos, não é frequente, não devendo ser usados para reprodução. Outros defeitos podem ser confundidos com doenças virais, paralisias ou trauma.
Na figura n º 5, observa-se um descolamento da pálpebra inferior do olho, expondo a mucosa, que aparece limpa sem sintomas de infecção ou organismos estranhos e é devido a um relaxamento excessivo do muscular orbital ou pele excessiva sob os olhos, talvez porque a estrutura óssea do crânio é muito grande e não é acompanhado pelo desenvolvimento posterior da pele. Os exemplares que apresentam esse problema não parecem sentir o desconforto, embora em situações de stress essa situação agrava-se, deixando a ave impedida para concurso, sendo desqualificada. Gene dominante incompleto pois de aves afectadas por este defeito, podem nascer aves com este problema mais ou menos acentuado.
Na Figura n º6, o padrão de retorno da asa, devido a uma perda de funcionalidade dos tendões da ponta da asa, faz com que esse ponto permaneça flectido em direcção ao corpo, sobre o dorso, enquanto o ala está em repouso e produzir um efeito de penas torcidas, porque as penas primárias são quase perpendicular ao eixo da asa. As aves afectadas voam normalmente, mas tem algum desconforto quando dobram a asa pois essas penas impedem-nas de colocar a asa direita chocando com as penas secundárias, levantando-as.
 Esse problema ocorre em aves que não sofrem desse defeito, pois as causas podem ser muitas, desde ferimentos involuntários, mesmo no ninho, deformidades ósseas congénitas, deficiências de vitaminas durante o crescimento e desenvolvimento, ou quedas na saída do ninho.


Por Ángel Luis Rodríguez Barber

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